PARTE 1: AMAMENTAÇÃO E HIPOTIREOIDISMO

A glândula tireóide secreta hormônios que atuam de maneira importante na regulação da prolactina e ocitocina, o que significa que alterações não controladas do funcionamento da tireóide podem, de alguma forma, impactar na produção de leite.

O hipotireoidismo é quando a tireóide não produz hormônios (T3 e T4) em quantidade suficiente para suprir a necessidade do organismo. Alguns dos sintomas mais comuns nesse quadro podem ser: pele seca, sensibilidade ao frio, perda de cabelo, constipação e aumento da freqüência e fluxo menstrual, pouco apetite, fadiga. Quando não diagnosticada, esses problemas podem ser atribuídos somente às mudanças hormonais que ocorrem no pós-parto, assim como às mudanças no estilo de vida (a vida vira de cabeça pra baixo, né, gente?!). Na gestação, o hipotireoidismo pode levar a hipertensão e ao baixo peso ao nascer e estudos indicam também um efeito negativo sobre a ocitocina.

É claro que nem todas as situações de baixa produção de leite têm relação com um quadro de hipotireoidismo, mas a presença de tais queixas associada ao baixo ganho ponderal do bebê podem ser um indicativo de alterações na tireóide e, portanto, nessas situações, é importante a avaliação e condutas médicas, se necessário. Em diversos casos, quando a reposição hormonal é realizada de maneira adequada, a melhora dos sintomas, bem como o aumento na produção láctea podem ser significativos.

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