Existem múltiplos fatores envolvidos na produção de leite – psíquicos, neurais e endócrinos, relacionados à maturação fisiológica das glândulas mamárias. Isso significa que, para que a glândula mamária execute sua função, depende-se do equilíbrio de todos esses fatores envolvidos. Durante a gestação, observa-se um aumento contínuo da concentração de prolactina, um dos hormônios responsáveis pela produção do leite, contudo, durante essa fase sua ação é inibida pelos altos níveis de estrogênios e progesterona. A expulsão da placenta representa um momento importante em termos mudanças hormonais e, essa mudança, juntamente com o estímulo freqüente por parte do bebê vai indicar ao corpo da mãe que seu corpo agora deve produzir grandes quantidades de leite. Embora haja secreção de leite nos alvéolos pela ação da prolactina, o leite não flui automaticamente para os ductos e mamilo: essa ejeção vai depender de um reflexo neurogênico hormonal envolvendo a ocitocina. Como o reflexo de ejeção é mediado pelo hipotálamo, todos os fatores orgânicos e ambientais que levam ao bem estar físico e emocional são importantes. Fatores psíquicos e estímulos sensitivos que chegam através do sistema límbico também são importantes e podem desencandear essa ejeção: olhar, ouvir, tocar o bebê e a evocação de emoções desencadeadas por pensar no bebê. Após os primeiros dias de vida do bebê, o controle da produção de leite passa a ser principalmente local, ou autócrino, e por isso, o esvaziamento freqüente e efetivo das mamas é que vai garantir uma boa produção láctea durante todo o processo de amamentação.