A quantidade de gordura no leite humano muda drasticamente durante cada mamada e ao longo do dia, já que o teor de gordura depende do grau de esvaziamento da mama.
Ou seja: quanto mais “vazia” a mama, maior o teor de gordura do leite, quanto mais cheia a mama, menor o teor de gordura do leite.
Isso significa que, pra fazer o bebê engordar, devo orientar que ele fique por horas numa mesma mama para receber mais gordura? Não, até porque a capacidade de armazenamento de leite é diferente em cada mulher, assim como a quantidade de reflexos de ejeção que haverá na mamada!
Isso significa que um bebê que não apresenta a curva de crescimento esperada deverá NECESSARIAMENTE receber fórmula láctea como complemento? Também não, uma vez que nem sempre há o comprometimento da produção láctea.
Isso significa que o profissional que acompanha a dupla deve nesses e em outros casos, primeiramente, saber avaliar TODOS os aspectos relativos:
à mãe (incluindo os aspectos mencionados acima, bem como presença de fatores de risco que podem impactar sua produção de leite);
ao bebê e sua habilidade em fazer uma ordenha efetiva;
à própria técnica de mamada e transferência efetiva de leite.
Segundo: deve saber quais informações são importantes para determinado caso e como organizá-las, de modo a facilitar seu raciocínio clínico. Por fim, a partir da identificação da causa do problema, propor estratégias na tentativa de solucionar a questão.
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Isa Crivellaro
Fonoaudióloga e IBCLC