Hoje me deparei com um texto que discute o impacto das mídias sociais na cultura da amamentação e quis dividir essa reflexão com vocês.
É fato: as mídias sociais ganharam o mundo. Nessa rotina insana em que vivemos, elas nos facilitam a vida, nos colocam em contato com conhecidos e desconhecidos, nos permitem compartilhar idéias, momentos, encontrar grupos com interesses comuns, divulgar eventos e acontecimentos. Com relação à amamentação, eu particularmente tive uma experiência positiva muito singular, que foi o contato com os grupos de apoio à amamentação. “Conheci” (ainda que virtualmente) pessoas fantásticas, cujos corações transbordam amor, solidariedade, humanismo, compaixão e empoderamento (Simone querida, vc certamente é a primeira da lista!). E a passagem por esses grupos, a busca de informações que fizessem sentido nesse “infinito” que é a maternidade, foi certamente pra mim, um fator crucial que deu início a uma transformação interna indescritível, da qual me orgulho e por meio da qual, busco também ajudar e empoderar outras mulheres e mães.
A amamentação em público sempre foi um tema muito discutido (e defendido) em grupos de amamentação e geram uma polêmica imensa. Como o próprio texto diz ((Leia na íntegra o texto original clicando aqui)), amamentar em público não é natural. Deveria ser, mas não é. Contudo, temos visto, com cada vez mais frequência, mulheres ganhando espaço, vencendo barreiras, ganhando “pequenas batalhas” na busca por seu direito em amamentar seus bebês, seja onde for. “Cansadas de serem humilhadas, agora fazem o mesmo com quem (ou o que) fazem isso com elas.” Por meio das redes sociais, botam a boca no trombone. Mobilizam-se. Questionam. Exigem mudanças políticas. Mas principalmente, expõe uma ferida cultural gigante. Por que, gente, um pedido de desculpas não é e não pode ser suficiente. E dessa forma, todas as manifestações a fim de se ter o direito de amamentar sem qualquer tipo de assédio ou julgamento, por meio das mídias sociais, tem trazido vitórias. E assim, vamos virando o jogo, ainda que lentamente. Um passo de cada vez. Contudo, somente mudanças profundas na forma como a sociedade vê as mulheres e as mães que amamentam, nos permitirá vencer em definitivo essa guerra.