O último é o MAIS importante! E você, profissional da amamentação, o que acrescentaria nessa lista?
1. Comunique-se com clareza.
Nem todo mundo sabe o que é apojadura, translactação ou fingerfeeding. Quando nos comunicamos com as famílias que acompanhamos, nossas mensagens devem ser as mais claras possíveis. O resultado do nosso trabalho nada tem a ver com falar difícil.
2. Seja a melhor profissional que você pode ser. Isso é suficiente.
Eu sou uma pessoa extremamente exigente comigo mesma e algo que me libertou durante minha trajetória profissional foi internalizar o fato de que eu não terei 100% das repostas para todos os problemas de amamentação e isso não me torna uma profissional menos qualificada. Pelo contrário: o fato de eu não saber algo e ter clareza disso me faz querer sempre ser uma profissional melhor do que eu era ontem. Não sabe? Encaminhe, seja honesta com você mesma e com os outros. O mais importante durante esse processo é, até aquele ponto, você ter dado o melhor de si. Amamentação é transdisciplinar e o sucesso no processo não depende somente da sua competência profissional (aliás, sucesso é algo tão relativo, não é mesmo?)
3. Assuma seus erros. Eu erro, tu erras, ele erra. Nós TODOS erramos.
Ninguém é perfeito! Quando olho pra trás, penso nas inúmeras situações em que eu poderia ter feito diferente. Sugerido uma conduta distinta. Ter falado de um jeito mais acolhedor. Ter tentado um manejo diferente. Nossa obrigação é sempre darmos nosso melhor, mas errar é algo inerente à nossa condição humana (insistir no erro, não!). Cabe a nós, encararmos o erro como uma oportunidade de olhar uma mesma situação sob diferentes perspectivas, refletir sobre o que aquela situação pode gerar de aprendizado pra você e usá-lo para nosso crescimento profissional.
4. Seja empática e acolhedora.
Técnica e manejo são essenciais, mas se tu não sabe se colocar no lugar daquela mãe que está na tua frente, volte duas casas. Empatia e acolhimento são indispensáveis quando falamos de consultoria em amamentação.
5. Estude. Pra sempre.
A ciência é dinâmica, dezenas de estudos são publicados todos os dias. O que é uma verdade absoluta hoje pode não ser amanhã. Faça diferentes cursos. O tema pode ser o mesmo, mas a experiência, a formação e o ponto de vista do profissional que está ali compartilhando conhecimento com você, não é. Se a gente quer ser um bom profissional precisa se atualizar sempre, não importa quantos anos de prática temos nas costas.
6. Aceite que mudar suas práticas, em alguns momentos, pode ser benéfico pra todos os envolvidos.
Não me canso de ver gente engessada em suas práticas, quando na realidade a gente tem que entender que nossas expectativas e crenças, são NOSSAS. O que funciona numa situação pode não funcionar em outra e vice-versa. Ao longo dos últimos anos, já mudei de opinião algumas vezes e sabe por que? Porque me permiti ouvir outros pontos de vista e também porque muitas vezes a vida real e o contato com dezenas de famílias e profissionais das mais diversas áreas me fez entender que nossa evolução profissional implica em estarmos ABERTOS a novas práticas, novas idéias, novos pontos de vista.
7. Respeite as escolhas da família.
O ideal pra você pode não ser o possível pra quem realmente importa no processo: mãe e bebê. Seu papel é ajudar aquela mãe a atingir os objetivos de amamentação DELA. O processo é deles, não nosso.
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