Há quem ache que o peito é sempre o problema. Convido a todos a mudar essa perspectiva. Se a gente parar realmente pra pensar, quase sempre, o peito é a solução. Acompanha meu raciocínio:
– Bebê não tá ganhando peso? Precisa de MAIS PEITO (e claro: orientação adequada pra que esse bebê aprenda a ordenhar o seio da mãe de maneira efetiva).
– Tá doente, só quer peito. AINDA BEM QUE TEM O PEITO que hidrata e alimenta essa criança durante a fase de inapetência alimentar comum aqualquer pessoa que adoece.
– Acorda muito a noite. Isso é da criança, É NORMAL que eles acordem a noite, a causa disso NÃO É O PEITO. Aliás, ainda bem que o peito ajuda eles a dormir de novo rapidinho!
– Ainda não engrenou na Introdução Alimentar: AINDA BEM QUE TEM O PEITO. Cada criança tem um ritmo e todas vão comer. Aliás, o que é comer bem pra você? Será que NÓS, os pais, muitas vezes, não criamos expectativas demais e irreais com relação à alimentação dos pequenos?
– Criança tá com anemia. Leite materno contém lactoferrina e não atrapalha a absorção do FERRO. Por isso, o problema é todo resto e NÃO o peito.
Esses são só alguns exemplos do muito que ouço por aí.
E isso não significa, minha gente, que eu não valorize todos os outros aspectos envolvidos na criação de um bebê/criança. PELO CONTRÁRIO. Só acho que culpar a AMAMENTAÇÃO POR TUDO, sem considerar as diversas variáveis envolvidas, as evidências científicas, o contexto, os sinais que a criança dá, suas necessidades, capacidades e seu desenvolvimento é simplificar demais a coisa, certo?